terça-feira, 13 de outubro de 2009

São tempos de morte e tristeza




Eu sou o avesso das coisas
Confesso que sou fortaleza
Eu sou o grunhido da fera
E o punhal das suas presas
Entendo do risco de vida
Enquanto há risco de morte
Eu sou vendaval e varal
De roupas estendidas na mesa
Na mesa do jogo barato
Onde o vicio corta a garganta
Do sangue azul da alteza
Que mancha o cândido manto
Um grito se ouve na noite
Não durma não abra a janela
São tempos de guerra e incertezas
São tempos de morte e tristeza



Anna Karenina

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