quarta-feira, 14 de outubro de 2009

Lágrimas de sol





Lágrimas que queimam meu rosto
Sensação de estar caindo de um penhasco
Era a vida acontecendo
Já quase amanhecendo
E meu coração a vagar
Vagando por terras desconhecidas
Sem roteiro sem tardinhas
Noites ou manhãzinhas
Era o som do vento leste
Era a estrela azul a cintilar
Pulsando e ofegante minha respiração
Não pude achar... como nuvem suspensa no ar
São coisas que acontecem
São migalhas de quem veio do pó
São navalhas que cortam e laceram a alma
Lagrimas de angustia, lagrimas das dúvidas
Ser ou não ser um ser humano
A pergunta que às vezes cala
As lágrimas que caem exalam
Viram água a ferver
Queimam ao amanhecer
Lágrimas que nascem na luz do arrebol
São lágrimas quentes
São lágrimas de sol


Anna Karenina

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