Um dia eu fui criança
Não criança esperança
Se não me foge a lembrança
Mas criança sem destino
Criança desatino
Criança sem ser criança
Era como um troféu
Um pequeno fogaréu
Um vai e vem
E volta atrais
Era a mascote andarilha
Que corria no sentido
Da irresponsabilidade de meus pais
Um queria
O outro também
Brigavam feito criança
Por causa de outra criança
Mas não fiquei com ninguém...
.................
E agora anos se vão
Me indigna o coração
E a minha infância roubada
Agora sou quase nada
De uma criança desamada
Que nasceu sem saber por quê
.........
Mas As linhas do destino
Criaram uma
Incógnita
Hoje já sei quem sou
Sou poetisa
Ou trovador
E nessa tristeza imensa
Sem carinho ou recompensa
Nada mais resta a fazer
Não posso voltar o tempo
Nascer de outra madre
Nem do destino correr
Só me restam alguns anos
Para minha vida acabar
Já que nada vai mudar
Só me resta escrever
Para apagar da memória
Essa triste e muda história
Só me resta á esquecer...
Anna Karenina
postado em:
Olá Anna
ResponderExcluirNunca mais apareceste lá no blog......
Vim te visitar e dar-te um bjão
Ainda bem que "Hoje já sei quem sou
ResponderExcluirSou poetisa" e posso fixar na poesia a memória de quem eu fui, sem deixar sequelas na mente
E que essa clara alma, continue a voar na liberdade desses versos tão intensos e belos
ResponderExcluircomo sua própria luz. um terno abraço Anna.
Caríssima Anna... "Só me resta escrever..." Com seus belos e valorosos escritos, falas com seus leitores, com beleza, segurança e com o brilho das estrelas... Parabéns e abraços poetados...
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