sábado, 19 de junho de 2010

A dor


A dor tem veias abstratas
Muitas são as dores que matam
E as dores do coração...
Sentimento insensato
Descobre-nos por completo
Deixando o peito aberto
Ferida em exposição
A dor física, se não mata, cura
Pouco tempo ela dura
Pois vem logo a solução
A pior dor è a dor da alma
Esmigalha e destrava
As forças de proteção
Deixa-nos a beira do abismo
Sem controle, sem conforto
Não nos da opção
A dor da alma não tem cura
Mas com tempo ela procura
Doer menos, por distração


Anna Karenina
A poetisa descalça

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