segunda-feira, 5 de abril de 2010

horas mortas



Vida, areia branca da praia
Túnica branca de cambraia
Perfume de flores no ar
Dor, que queima o peito e esmaga
Singela alma desmaia
Na amplidão do infinito
Viver, se entregar sem saber
Que essa curta duração
Leva-nos a cair no chão
Cair de tanto correr pela trilha
Da arena serena da vida
Sem flores, amores, emoção
Sentir a luz do alvorecer
Mesmo os olhos não podendo ver
Enxerga- se com os olhos da alma
Alma Irmã assim necessária
 Pra sentir o aroma dos campos
Dos pássaros ouvir o canto
E lutar nas horas da queda
A queda do cume do morro do tempo
Sentir o balanço do vento
Veloz nos acordes, na guerra
Impera- se que fiquemos calados
Ouvindo do sino o brado
 Em alto som da ilusão
Cantemos as horas mortas
Cantemos é isso que importa



Anna Karenina

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