terça-feira, 16 de fevereiro de 2010

Serenata Elisabetana...



Elisabeth Serenade aus der Operette "Die Försterchristel"

A noite estava um encanto
Minha alma dizia-me algo
Que eu não entendia
Mas assim mesmo sentia

O vento era somente um sopro
Um acorde de violino
Um passo além do destino
Uma tristeza vazia

Nem meu coração batia
O medo me atormentava
Trancada em meus aposentos
Somente a janela aberta
Para absorver o vento

Então me olhei no espelho
Mas não acreditei no que via
Estava transfigurada...
Tinha um rosto brilhante
A dama da poesia...

Vestia um longo vestido
Coberto de pedrarias
Verde da cor do mar
Pensei estar a sonhar

Meus cabelos eram loiros
Longos e cacheados
Em minha nobre cabeça
Um diadema dourado

Qual princesa majestosa
Em posse do seu reinado
Nos braços do seu amado
Vivendo num reino encantado

A casa que me encontrava
Era um lindo castelo
Com salões decorados
Com estilo e muito esmero

Eu era a dona dali
A rainha do porvir
No salão ouviam se vozes
Acordes de bolero
Bailarinos a dançar

Por toda parte o esplendor
Dava pra se notar
Foi então que escutei
Aquele acorde no ar

Era a mais linda pérola
Em forma de melodia
Senti o peito arfar
Da saudade que sentia

A musica era a minha
Que escutar eu preferia
E assim soavam no ar
As notas com maestria
Da era de ouro humana
O florescimento da poesia

Quando dei por mim
Estava em teus braços a dançar
Que requinte e majestade
Desprendia daquele lugar

Um amor e uma música
Que eram a marca do tempo
Do tempo do encantamento
De acordes e lamentos
Como de harpa humana
A magnífica criação
Serenata Elisabetana...

Anna Karenina

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