sexta-feira, 29 de janeiro de 2010

a musa


A glória do vencedor
A tristeza do perdedor
Quantas batalhas cessam
Quantas lutas não começam
Livre a paz voa solta
Presa sai de seu cativeiro
Levanta a poeira na estrada
E corre pra mata fechada
Esconde se atrás das mancambiras
Leva o vento nos orvalhados galhos da ira
Cessa a tempestade da noitinha
Reza Ave Maria à tardinha
Escurece-se do outro lado da lua
Cai no balanço do mar toda nua
Não é gente...
Não é alma penada, nada tem explicação
Brinca nos vales da morte
Levanta da rotina da sorte
Aparece com a viração
Cola no coração...
Atormenta a consciência dos malvados
Cola vasos despedaçados
Livra o prisioneiro de grande agonia
Apresenta-se em versos disformes
Diferentes com rima, sem rima desatina
Espalha-se na ventania
Diz a todos que se chama poesia


Anna Karenina

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