segunda-feira, 28 de dezembro de 2009

a imensidão da morte




as ondas teimavam em crescer
e tomar conta da areia da praia
senti um leve tremor ,provocado pelo frio
da maresia vespertina
lembrei dos dias em que a vida
transcorria sem provações
mas a seu tempo tudo emerge
das águas tranqüilas
e assim foi...
a minha felicidade tão rápida
como o roçar de um beija flor numa azaléia
tudo que sonhei derepente se tornou pesadelo
você foi embora...
para sempre,sem poder de volta
porque do além ninguém jamais voltou
minha vida foi quebrada em quatro partes
partes essas que eu tinha de administrar
a dor da perda,a gestação,a solidão
a tristeza dos filhos pequenos
mas em parte eu superei...
se é que se supera tao forte comoção
vi- me em abismos,em jazigos sem flor
como a erva daninha
quando invade um jardim da morte
agora passados anos tudo esta aqui
como você deixou...
seus netos estão adultos alguns
seus filhos já são pais...
e eu...eu não sei o que sou
só uma plantinha
que era verde e logo murchou

anna karenina

Nenhum comentário:

Postar um comentário