segunda-feira, 28 de dezembro de 2009

filha do igarapè



Sou simples como o mar
Mas como ele tenho segredos
Meu brilho não è próprio
Como a lua depende do sol
Nasci numa pequena vazante
Que liga a maré ao igarapé
Sou cetim de muitas nuvens
E tule de muitos mantos
Meus cabelos...
Têm a cor do sol crepuscular
Meus olhos são frios como o luar
Trago na face...
O esplendor de muitas raças
Nos braços a força de muitas águas
No coração a canção do alem mar
Sou cristalina, intrigante e relutante
Não me entrego ao desespero
Mas choro com meus temores
Saúdo as cores da vida
Levo no peito a saudade da partida


Anna Karenina

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