domingo, 13 de dezembro de 2009

Anjo Errante




Vivo nas madrugadas, das noites silenciosas.
Banho-me da luz das estrelas... meu guia é o luar.
Vivo em busca do nada, espero o fim do começo.
Meu coração errante, espera a aurora chegar.
Escondo-me em cavernas exóticas
Cobertas de trepadeiras ...
Espero a dança das horas, o sol descer no horizonte
Sou livre, sou fria, como o mármore de uma lápide
Sinto na alma a essência do perfume de almíscar.
Sou anjo, sou ninfa, sou poeira
De terras distantes, sou anjo errante
Vivo, mas não sou viva...
Ando sem deixar rastros
No vôo rasante da vida...
O rumor de muitas águas, raios deixo onde passo.
Corro atrás do vento...
Sou abstrata, estou aqui, mas ninguém me vê
No reflexo dos espelhos ...
Da vida, da morte, do sol, do mar
Da terra, da lua...
Das estrelas a sonhar...
Sou nuvem suspensa no ar...



Anna Karenina

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