sexta-feira, 13 de novembro de 2009

A maioria dos meus textos é poética...Mas hoje resolvi ,fugir a regra e escrever algo que esta. em minha mente há dias




Maria nasceu linda, como uma flor de jasmim
Seu perfume de bebê recém nascido
Acalentava até a nossa alma
Amada e mimada era a rainha do lar
Todos a queriam pegar,beijar, tocar, abraçar
Aquela coisinha fofa e pequena
José nasceu no mesmo dia
Em outra família
Que não conhecia a família de Maria
Mas foi o mesmo amor carinho
E recepção glamorosa
Quando foram crescendo
Deixavam seus lares cheio de risos
...Ternura candura e infinito amor
Chegou à adolescência
E Maria transformou se, numa bela jovem
Que deixava todos encantados
Com sua formosura de adolescente e educação
José por sua vez tornou se
Um rapaz alto, belo
Trabalhador e educado
Certo dia, num parque da cidade
Viram-se pela primeira vez
Logo o fogo da paixão e da juventude
Amarrou, esses dois corações num só
Casaram se sob a benção ,de ambas as famílias
Tiveram cinco filhos, que era sua herança amada
Criados com sacrifício, mas nada lhes faltava
Passaram se os anos
E a bela flor Maria feneceu ,ficou velha
Apesar de só por fora
Pois sua alma e espírito
Jamais envelheceram
José por sua vez
De tanta luta ficou doente
E depois de muitos cuidados médicos
Veio a falecer precocemente
Os filhos já criados, casados
E bem encaminhados na vida
Graças ao sacrifício dos pais
Que lhes deram, estudo, amor e a educação
Valores reais do que é a vida
E do que é viver
E ser um ser humano digno
Mas tudo que seus pais
Fizeram nada adiantou
Na parte espiritual e afetiva
Hoje Maria... A linda Maria
Ficou velha, e não é mais convocada para nada
Jogada num canto ,como se fosse um velho trapo
Sem ter mais José, seu amado por perto
Nem o afeto familiar
Hoje sobrevive ,num modesto asilo
Onde poucas vezes ,recebe a visita da família
Sei que isso não e uma regra
Não acontece, isso com todas as pessoas
Mas cada vez mais vemos
Esse triste relato, às vezes em famílias
De posses materiais
Mas pobres de dons
Espirituais, humanos e emocionais
José morreu cedo pra sua idade
Quando era à hora de se regozijar da vida
A morte o levou
E Maria a família a rejeitou
Pergunto-me, cadê aqueles...
Bebes que nasceram pra alegrar um lar?
Cresceram pra formar um lar
Onde estão agora?
Ninguém vê num velho
Ou num enfermo a criança que já foram
Não veem no velho aquele jovem que foi
Um resplandecente adolescente
Em toda sua vitalidade
Um adulto brilhante e inteligente
Não na velhice
E na enfermidade não há piedade
Hoje só a beleza e o dinheiro
São cultuados como deuses poderosos
Adeus Maria...
Adeus José...
......................
Sinto muito


Anna Karenina

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