domingo, 15 de novembro de 2009

Sentar a beira da tumba e pensar se já è hora de eu me enterrar




Às vezes eu sinto o terror da solidão me sufocar
Por coisas das quais não tenho poder de mudar
Queria agora ser como o açafrão do deserto
Estar perto da falta d’água
Sentir o cheiro da seca
Beber das raízes de macambira
Esquecer que um dia fui ate o alto da vila e voltei
Sentar a beira da tumba e pensar se já è hora de eu me enterrar
Ou se ainda a esperança bateu asas de esmeraldas
Sinto o torpor no meu corpo
Desabitado de vida com uma alma refugiada
De tanta falta de amor
Sempre achei que a seiva vermelha
Que lava o nosso coração
Pudesse servir de âmago e calibre
Pra quem esta na beira do poço
Ansiando por um mão


Anna Karenina

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