terça-feira, 13 de outubro de 2009

VELÒRIO DA INTOLERANCIA



As velas que velam
A morte da ignorância
Não velam a morte
Da intolerância
Num mundo onde o desprezo
E arrogâncias prevalecem
Talvez seja difícil
Entender o sentido
O sentido de ser amigo
Todos os filhos de Eva e Adão
Gerados na perdição
Trazemos nos genes a maior parte
Da culpa por nossas ações
Ninguém se conhece
Ninguém sabe quem é
Ate o dia da tribulação
Então viramos a mesa
Derrubamos vinhos
Garrafas de cerveja
Que descem na garganta
Do vivo esfomeado
Por riquezas e poderes
Como diz a musica
Nossos heróis morreram todos
Todos asfixiados
Na incerteza de uma vela acesa
Alumiando seus pecados
Sobrevivo na esperança de mudança
Resisto à tropa
De desbravadores das florestas
Ate ter sido pega em conspiração
Sou socialite da pobreza
Dama da natureza
inconsequente amante de Napoleão
Mas deixo guardado
O segredo que já contei
Dentro de um cofre de ouro
Ouro quebrado no meio
Ouro que queima a mão
Ouro na escuridão


Anna Karenina

Nenhum comentário:

Postar um comentário