Quando florescer a rosa rubra
As candeias de fino óleo acenderão
Quando a lua nova acontecer
Os ventos do norte voltarão
As águas de profundezas vão tremer
O sol também vai escurecer
Como eclipse ao amanhecer
Montanhas brancas pela neve que cai
Silencio na terra que ninguém vai
Sinistro som de sino a repicar
No tão longe quanto a revoada
De andorinhas a fugir da invernada
Sonhos de partida e de chegada
Morar onde faz a curva o vento
Limpar as pegadas do tempo
Lembrar que tudo...
...muda num lamento...
Pra uma imensidão despercebida
Sem destino... Em desatino
Nesse doce mistério... Chamado vida
Anna Karenina
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