quinta-feira, 29 de outubro de 2009

a minha despedida




Em memória de Mira que faleceu ontem a Noite

Lamento tua partida
Fostes sem avisar
A saudade traiçoeira
 Hoje toma teu lugar
Um dia todos irão
Ou por terra ou por mar
No porto da solidão
Iremos todos se encontrar
Eu aqui fico esperando
 A esperança me buscar
Nas asas do vento oeste
Nas madrugadas do alem
Seria a voz da chuva
 O murmúrio de meus soluços
Sofridos por não entender
 O que fazer nessa mansão
Que nos leva de volta a terra
 Na maior condenação
Não se importe com meu pranto
Ele se faz necessário
Eu continuarei aqui
 A desfiar o meu rosário
Quando as brisas da noite
Esmagarem os olhos meus
 De tanta lagrima que rola
Nessa dimensão estarei
Quando a verbena em flor
 Estiver na estação
Levarei a tua alcova
Mas não de atenção
Durma o sono do justo
Porque o justo
Também finda
Você de mim
Não se lembra
Na sepultura
Não há lembranças
 De você eu lembro ainda
Seguirei no trem da tarde
Que para na mesma estação
Descerei também a cova
Deixarei  gente a chorar
Mas uma  coisa te digo
Mesmo não estando contigo
Lembrarei do teu pesar
Lembra que um dia
 O pai de todos da humanidade
Sentira saudades nossa
 E nos trará de volta
Ele sentira saudades de ti
De mim e de todos humanos
Que fazem da sua vida
Um jardim aos pés do trono




Anna Karenina

3 comentários:

  1. Ana,

    obrigada por estar seguindo um de meus blogs.


    Bela é tua poesia.

    bjs!

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  2. Caríssima, gostei deste seu espaço. Direto e objetivo como as suas doces poesias. Aproveito para agradecer sua visita em meu "Pote de Poesias". Abrs e sucesso sempre.

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  3. ola nossa quanto poema lindo adorei as imagens a da fadinha enxuga as lágrimas minha querida parabéns tens muito jeito e bom gosto beijos te sigo xau

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